quarta-feira, 1 de junho de 2011

Trabalhando em versos, só para variar

Rebento

Ai! A mocidade!
Nem vê o que marca n’alma!
(tulipa, extrema fraqueza)

Ai! A mocidade!
Que vê tudo e vê nada,
Furtivamente, do mundo

Não tem como a mocidade,
Seus cantos,
Nem viagens,
Nem visons.

Não se volta à mocidade
Por que voltar se não existe?
E carícia do fogo,
Deleite e dor.
E investida, é desejo,
É tempo que não conclui intento.
É tão lento e veloz
Que desperta saudade
Ai! Mocidade!
Coisa velha, repetida, batida
Ferida de todas as gerações
Sensações, canções, estradas
Que por fim desemboca árida
Num deparo à realidade
Que consome, some em morte
Corte eterno, eternidade.

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