Um dia...
Eu não acredito. Não quero acreditar no que está acontecendo neste país. O primeiro, o segundo, o terceiro poder e até o quarto – leia-se mídia – engordam pelo alimento da propina - praticamente uma Instituição Brasileira!
Aquele que era chamado de “1ª dama” no governo Collor, Sr. Paulo Otávio, agora número 2 da célula criminosa que se desnuda ao povo sem qualquer cerimônia, amontoa-se e multiplica-se em seus discípulos – até Dona Eurides Brito, que foi Secretária da Educação tanto tempo, de educadora tornou-se pupila.
As declarações de que a situação é de tal contaminação criminosa que dificilmente se terá o desvendamento de mais esse esquema sem uma intervenção federal são assustadoras. E mais assustador ainda é o sentimento de derrotados absolutos de que estamos imbuídos. Chegamos a crer que a esfera federal também pode estar derrotada pelo corporativismo, pela corrupção, pela face antiética tão cônscia de que caminha no bem. Bem de quem, cara pálida?
Enquanto os aposentados reivindicam a devolução do que lhes foi seqüestrado pelo fator previdenciário – herança maldita de FHC – e as escolas se transformam em antros de ineficiência moral e cultural, no Brasil há os que se embebedam com Chandon no melhor copo de cristal.
A gente nem quer Chandon, nem copo de cristal, bastava água de qualidade, arroz, feijão, verduras e uma lasquinha de carne no prato. A gente também não quer mais nada pela metade, como bem o disse o Titãs. Estamos fartos do pouco, do nada, do vazio, do imoral.
Se arruda servisse mesmo pra dissipar más energias, não estaria no centro do furacão que devasta a capital da República. Nunca mais hei de colocá-la atrás da orelha, corro o risco de perder o brinco.
Temos sim inúmeros caminhos que se desviam da revolução, da guerra civil, da desobediência irrestrita, mas tem horas que a gente quer mesmo é tomar as armas das mãos dos traficantes e dirigi-las ao Congresso, às Câmaras distrital e municipais, às Polícias que abandonaram seu papel, aos governantes que nos desgovernam a vida.
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